terça-feira, 16 de agosto de 2011

Lágrima


A lágrima não é dor. Acalanto
Se choro sinto prazer em meu pranto
E ela macia percorre meu rosto
Fazendo carinho
Deixando seu gosto

Salgada e tão doce
Terra seca
Quem me dera eu fosse

Para dela receber a força
Precisa
Que faz nascer uma flor

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Corta-me o peito a saudade daquilo que nunca tive.

segunda-feira, 27 de junho de 2011





Depois de comer tantas nuvens me deu vontade de beber um mar.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

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MEU CHORO
REGOU
UMA PLANTA QUE
GEROU
UMA FLOR QUE
DEFINHOU
ANTES DO TEMPO QUE
PASSOU
DEPRESSA

Siso

De pedras brancas nasce um rio rubro
Há sangue em minha boca
Um gosto amargo no meu paladar

Espelho distorce meu rosto
Meus olhos distorcem o espelho
Um lado da face é maior que o outro

Privado do exercício da minha paixão
Calo-me quando muito gostaria de falar
Meu corpo deseja movimento, mas a consciência o faz parar

Volto ao espelho
Cuspo um rio
Construo meu barco
Navego o vermelho

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Ele Flor

Vi o corpo de um homem encurvando, derretendo
Leve e plácido encontrando-se com o chão.
Parecia ele flor a definhar-se,
Observando suas pétalas secas
Servirem de ornamento ao lugar que pisam pés.
Eu vi beleza na morte.
Senti perfume de flores que se lançam em terra de esperança
E servem de adubo a outra vida.